quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mídia e poder

Entre os poderes instituídos na organização do Estado, é comum a inserção da mídia como uma espécie de "quarto poder" - complementar ao executivo, ao legislativo e ao judiciário. Essa associação decorre do fato de a imprensa se colocar como porta-voz da opinião pública, muitas vezes exercendo não apenas uma função informativa, mas também formativa dessa opinião. Embora seja usual o discurso de que os meios de comunicação apenas "informam" a população, uma leitura atenta desses veídulos mostra que é comum que eles venham carregados de um ponto de vista que chega diretamente ao leitor.
Nesse sentido, é importante encarar a mídia como mais do que apenas um modo de se manter atualizado. Os jornais, revistas, os sites e a televisão são escritos por pessoas e instituições que pensam a realidade social de uma determinada maneira. E a questão é mais complicada do que parece: grande parte dos veículos de comunicação são de propriedade privada, considerados negócios lucrativos. No entanto, o jornalismo é um serviço de utilidade pública, que deveria, em tese, servir aos interesses comuns. Como, então, resolver esse impasse?

A partir dessas reflexões, o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, ligado à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), encontrou como alternativa criar uma espécie de "quinto poder": uma organização da sociedade civil que discutisse a mídia, acompanhando suas abordagens diante dos acontecimentos. O Observatório da Imprensa, comandado pelo jornalista Alberto Dines, surgiu como um site em 1998, mas hoje já tem também uma versão de programa televisivo - que vai ao ar pela TVE do Rio de Janeiro e pela TV Cultura de São Paulo - e uma veiculação via rádio - pela Cultura FM de São Paulo, rádios MEC AM e FM do Rio de Janeiro e rádio Nacional AM e FM de Brasília. Há ainda um blog no qual os participantes podem discutir e propor assuntos. Com isso, a iniciativa procurou transformar os leitores e espectadores em agentes ativos, que não apenas recebem informações, como também opinam sobre elas. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse do site do Observatório da Imprensa, clicando aqui.

Fonte: DIMENSTEIN, Gilberto; RODRIGUES, Marta Assumpção; GIANSANTI, Alvaro Cesar. Dez lições de Sociologia para um Brasil Cidadão. Vol. Único. São Paulo: FTD, 2008.

3 comentários:

  1. Quando botamos esse assunto a forte '' mídia e poder'' poderíamos visar como ''informação ou manipulação?'' ou seria mera coincidência, muitas das vezes a mídia acaba distorcendo a realidade com o seu tal poder, botando a sociedade em conflito. A mídia deveria ser a além de manipulação ou seja não confundir as pessoas que acabam não tendo informações para a realidade vivida, pois acabam ficando com a mente atolada de coisas inúteis.
    Como diz George Orwell: ''A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.'' - Daniele Maria O. de Miranda - Colégio Pedro Fernandes - 3004

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  2. A mídia é uma forma de poder que decide o que pode ser anunciado para a sociedade, mandando assim nas notícias como uma forma de poder. Turma 3004. N*20

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  3. A mídia exerce um poder muito grande sobre a sociedade, como diz no texto "não apenas nos informam" mas dão uma opinião formada. Deste modo fazem com que a mente das pessoas sejam manipuladas sem o consentimento dessas, através de notícias que aparentemente não transparecem ser manipulações.-Luana Santos Pereira Turma:3004 n°:23

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